“Vamos chegar lá”… a 1974

O Presidente da República, João Lourenço, expressou a esperança de que o ano de 2021 venha a ser da retoma económica e de levantamento das cercas sanitárias. Para quem espera há 45 anos, mais ano menos ano não fará (grande) diferença. E se essa espera fizer o país progredir até 1974…

O Chefe de Estado, que apresentava uma Mensagem de Fim de Ano aos angolanos, espera também que 2021 seja um ano da retoma dos voos comerciais internacionais de passageiros, da reabertura e revitalização do turismo, do regresso às actividades desportivas e culturais com a presença do público, o ano das conferências nacionais e internacionais presenciais.

“Este ano que está a entrar será também um ano de trabalho árduo, em que todos vamos trabalhar com mais determinação, de forma mais abnegada e organizada, para obtermos melhores resultados naquilo que nos empenharmos em fazer”, referiu o Presidente da República (não nominalmente eleito) e também Presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo.

“Vamos chegar lá”, sublinhou João Lourenço, alertando para a necessidade de se observar todas as cautelas recomendadas, “para não voltarmos a uma situação pior do que a que vivemos hoje”.

O Titular do Poder Executivo deixou uma palavra de consolo e de conforto aos angolanos que perderam entes queridos ao longo do ano, por doença, por acidente de viação, vítimas de homicídio, de violência doméstica ou de quaisquer outras causas de morte.

Estendeu, igualmente, uma palavra de conforto e votos de rápidas melhoras, aos angolanos que se encontram acamados ou hospitalizados, aos reclusos, por se encontrarem numa condição que lhes impede passar esta quadra festiva no convívio familiar.

Na Mensagem de Fim de Ano, João Lourenço agradeceu, pelo “alto sentido de responsabilidade e espírito de missão demonstrados”, aos militares aquartelados ou em missão, aos policiais e bombeiros, ao pessoal médico e paramédico, aos trabalhadores das sondas do sector petrolífero, aos pilotos das companhias aéreas e a todos os outros profissionais que, por dever do ofício, estão impedidos de compartilhar com as respectivas famílias esta quadra natalícia.

Encorajou os angolanos que, em consequência da conjuntura criada pela pandemia da Covid-19, perderam negócios, viram suas empresas encerrar ou perderam seus empregos.

No entender do Estadista do MPLA, o ano de 2021 será um ano melhor, o “ano de refazer nossos projectos da vida pessoal, familiar e profissional”.

Quanto a 2020, considerou que “não foi bom, não foi generoso para com ninguém. Foi um ano de muito sofrimento, que prejudicou a vida familiar e profissional de todos sem excepção, prejudicou as economias de todos os países, trouxe a dor e o luto a milhares de famílias pelo mundo fora”.

Por isso, prosseguiu o Chefe de Estado, “gostaríamos imenso que não fosse apenas o ano de 2020 a ficar para trás, mas que a pandemia a ele associada, a Covid-19, também passasse a partir de hoje a pertencer ao passado”.

O Presidente João Lourenço considerou que “não será nos próximos dias” que a humanidade ficará já protegida deste vírus – o SARS COV 2, “talvez dentro de meses ou mesmo mais, com a utilização em massa e de forma gratuita da vacina produzida por renomados laboratórios mundiais”.

Reiterou o apelo para a manutenção com rigor das medidas de biossegurança, o distanciamento social, o uso permanente e correcto da máscara, a higienização constante das mãos, evitar aglomerações, festas e outras, até que uma parte considerável da população seja vacinada.

“Uma luz de esperança já se vislumbra no horizonte, mas não é momento de relaxar. O ano de 2021 traz-nos a tão esperada vacina, mas que só será eficaz se ao mesmo tempo conseguirmos manter muitos dos bons hábitos que a pandemia nos levou a praticar com maior sentido de responsabilidade”, expressou.

Em seu próprio nome, da sua minha família e do Executivo, o Presidente desejou “Boas Festas e um próspero Ano Novo” às famílias angolanas, em Angola e na diáspora, e a todos aqueles que, não sendo angolanos, “partilham connosco” os bons e maus momentos de cada dia.

Falemos agora a sério, por respeito à verdade

Angola, em 1974, era o terceiro maior produtor mundial de café; o quarto maior produtor mundial de algodão; o primeiro exportador africano de carne bovina; o segundo exportador africano de sisal e o segundo maior exportador mundial de farinha de peixe.

Angola, em 1974, por via do Grémio do Milho tinha a melhor rede de silos de África; o CFB – Caminho de Ferro de Benguela, do Lobito ao Dilolo-RDC; o CFM – Caminho de Ferro de Moçâmedes, do Namibe até Menongue; o CFA – Caminho de Ferro de Angola, de Luanda até Malange e o CFA – Caminho de Ferro do Amboim, de Porto Amboim até à Gabela.

Angola, em 1974, tinha no Lobito estaleiros de construção naval da SOREFAME; pelo menos três fábricas de salchicharia; quatro empresas produtoras de cerveja, de proprietários diferentes; pelo menos quatro fábricas diferentes de tintas; pelo menos duas fábricas independentes de fabricação ou montagem de motorizadas e bicicletas; pelo menos seis fábricas independentes de refrigerantes, nomeadamente da Coca-Cola, Pepsi-Cola e Canada-Dry, bebidas alcoólicas à base de ananás ou de laranja. E havia ainda a SBEL, Sociedades de Bebidas Espirituosas do Lobito.

Angola, em 1974, tinha a fábrica de pneus da Mabor; três fábricas de açúcar, a da Tentativa, a da Catumbela e a do Dombe Grande, sendo que, como estas fábricas depois começaram a criar ferrugem por culpa dos malandros dos colonos que se foram embora, os amigos cubanos do MPLA lá as empacotaram e as levaram para a terrinha deles.

Angola, em 1974, era o maior exportador mundial de banana, graças ao Vale do Cavaco…

Tinha ainda a linha de montagem da Hitachi, dos óleos alimentares da Algodoeira Agrícola de Angola, e da portentosa indústria pesqueira da Baía Farta e de Moçâmedes, e da EPAL, fábrica de conservas de sardinha e de atum, e…, e…

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